Na próxima segunda-feira, dia 07, ocorrerá o desfile cívico-militar em comemoração à Independência do Brasil.
Os policiais e bombeiros militares sempre desfilaram com muita galhardia e vibração, gritando o nome das suas unidades, arrancando aplausos da população.
Agora neste 7 de setembro, será que os militares sergipanos vão vibrar e desfilar satisfeitos?
Certamente só desfilarão por conta do militarismo que obriga, pois os policiais e bombeiros militares estão desmotivados com o tratamento recebido do Governo do Estado, com parcelamento de salários, que gera dívidas para os militares, sem contar ainda que terão que bater continência para a autoridade governamental que não valoriza a classe, deixando a mesma sem uma carga horária definida, com diversas escalas extras face ao baixo efetivo, sobrecarregando os militares; o valor por refeição de R$ 8,00 lançado no cartão alimentação, não dá para comprar uma quentinha, quanto mais fazer uma boa refeição; falta de EPI (equipamento de proteção individual) para as tropas; não concessão do reajuste linear; promoções atrasadas; dentre outros fatores e sem nenhuma perspectiva de melhora.
Os militares deveriam ser cidadãos na verdadeira concepção da palavra, realmente deveriam, pois na verdade não são, face o Estado vilipendiar os seus direitos, fazendo-os trabalhar exaustivamente sem poder reclamar e expressar sua indignação contra injustiças, bem como, trabalhar e não receber em dia, como é o direito do trabalhador que presta o seu serviço.
Em uma data tão importante para o nosso país, que se comemora a independência, na verdade o que observamos é o caos e a desvalorização do trabalhador e do funcionário público, e ainda mais, da classe militar.
Por isso deixamos a pergunta: será que vale a pena vibrar e prestar continência a um governo que não valoriza os policiais e bombeiros militares?
POLICIAIS E BOMBEIROS MILITARES, OS ÚLTIMOS ESCRAVOS DO BRASIL.
Esta é a minha expressão livre e democrática, que me é assegurada pelo artigo 5º, inciso IX da Constituição Federal.
Márlio Damasceno
Advogado
Nenhum comentário:
Postar um comentário