Essa declaração foi feita pelo coordenador do Grupamento Tático Aéreo (GTA), o policial civil Virgilio Dantas, ao explicar sobre a transferência do capitão da policia militar Aristóteles, que exercia o cargo de piloto e passou a ser sub-comandante de uma companhia.
Continua repercutindo a crise de gestão entre o secretario de segurança, Mendonça Prado e o comandante da PM, Mauricio Iunes. No final de semana, circularam diversas informações sobre essa situação.
Virgilio Dantas concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (26), à MIX FM, e explicou o que ocorreu quando o único piloto de avião da unidade, o capitão Aristóteles, foi transferido para uma companhia da PM, por ordem do comandante. O coordenar explicou que no dia 20, o secretário de estado da saúde, Zezinho Sobral, solicitou da SSP que o GTA fizesse a transferência de um paciente sergipano, de Maceió para Aracaju.
Virgilio disse que o secretario Mendonça Prado autorizou o vôo e que o resgate da paciente foi feito com sucesso, porém assim que a aeronave pousou em Aracaju, o comandante da policia militar, coronel Mauricio Iunes, teria telefonado para o capitão Aristoteles, piloto da aeronave, avisando-o de que ele havia sido desligado do GTA e que deveria no outro dia, se apresentar no quartel geral, onde ele foi comunicado de que assumiria o sub-comando de uma companhia.
Virgilio Dantas disse durante a entrevista que não iria discutir a autoridade do comando, mas disse estranhar que o secretário de segurança não fosse avisado. “Manda a boa educação que o secretário fosse avisado da transferência. Nós lamentamos que isso tenha ocorrido, já que ele é o único piloto de avião da unidade”, lamentou Virgilio.
O coordenador do GTA questionou ainda a função da policia militar, deixando claro que o GTA está sob a responsabilidade do secretario de segurança pública. “Será que a função da policia militar é apenas a repressão. Salvar vidas, não é função da policia militar?. Um servidor que foi preparado pelo estado, com gastos, para salvar vidas e ai ser proibido de salvar vidas?”, questionou Virgilio e finalizou: “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
Crise – nesta segunda-feira (25), o secretario de segurança publica, Mendonça Prado admitiu que há a crise, não entre a PM e a SSP, e sim entre os gestores, ele e o coronel Mauricio Iunes.
Mendonça afirmou que “esta é uma crise que as pessoas perceberam, constataram. Qualquer crise pode acontecer. A única crise que é inadmissível que aconteça é a crise de autoridade. Essa não pode acontecer. É preciso ter seriedade para ocupar as funções públicas. Nenhuma divergência pode trazer conseqüências para a sociedade”, explicou o secretário em entrevista que concedeu ao programa Tolerância Zero, com Bareta.
Até o momento o comandante da PM, coronel Mauricio Iunes não se pronunciou sobre o assunto.
O que se comenta é que nesta terça-feira, os dois gestores, Mendonça e Iunes se reunirão com o governador Jackson Barreto. Um deles pode sair do palácio sem o cargo.
Munir Darrage
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